Desenvolvimento: Noruega em primeiro lugar, República Centro-Africana no fim da tabela

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Porto Canal com Lusa

Estocolmo, 21 mar (Lusa) -- A Noruega consolidou a liderança do Índice de Desenvolvimento Humano, seguida da Austrália e Suíça, enquanto a República Centro-Africana caiu para o fundo da tabela, segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O documento, hoje apresentado em Estocolmo, mostra que a Noruega regista um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,949, superior ao da última edição (0,944), apresentada em dezembro de 2015.

A Suíça, que antes ocupava a terceira posição da tabela, com um IDH de 0,930, subiu agora ao segundo lugar, com um IDH de 0,939, igual ao da Austrália, que se manteve na mesma posição.

No final da tabela, em 188.º lugar, com um IDH de 0,352, surge a República Centro-Africana, que antes estava na penúltima classificação (0,350). O Níger, que no relatório anterior tinha ficado em último lugar (IDH de 0,348), subiu agora para a penúltima posição, com um índice de 0,353.

No antepenúltimo lugar está agora o Chade (0,396), uma posição abaixo daquela que tinha no relatório anterior. A Eritreia, que no último documento estava em 186.º lugar (0,391), subiu agora para 179.º (0,420).

O relatório sobre o Desenvolvimento Humano 2016 tem como lema "Desenvolvimento humano para todos" e, na sua introdução, a administradora do PNUD, Helen Clark, deixa uma mensagem otimista.

"Podemos aproveitar as conquistas que realizámos, explorar novas possibilidades para superar os desafios e alcançar o que antes parecia inalcançável. Transformar as esperanças em realidade está ao nosso alcance", considerou Helen Clark, administradora do PNUD.

No entanto, apesar de muitos avanços nos últimos 25 anos, mantêm-se "desafios persistentes (privações), enquanto outros se estão a acentuar (desigualdades) e outros são novos (extremismo violento)", alertou a responsável.

É preciso identificar os que foram "deixados para trás" -- os pobres, os marginalizados e os grupos vulneráveis, como as minorias étnicas, os povos indígenas, os refugiados e os migrantes.

Além disso, o relatório também identifica as barreiras que ainda se colocam às mulheres, negando-lhes "oportunidades e a capacidade necessários para desenvolver ao máximo o potencial das suas vidas", referiu Clark.

O PNUD propõe uma resposta em quatros eixos de ação, à escala nacional: responder aos que ficaram para trás através de políticas universais, desenvolver medidas dirigidas aos grupos com necessidades especiais, construir um desenvolvimento humano resiliente e dar poder aos excluídos.

"O mundo dispõe de menos de 15 anos para cumprir a sua ambiciosa agenda de não deixar ninguém para trás", destacou a chefe do PNUD, numa referência à Agenda 2030, relativa aos objetivos das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável.

A ONU salientou a importância de serem cumpridos estes objetivos, mas também outros acordos mundiais, como o de Paris, sobre as mudanças climáticas, ou a cimeira das Nações Unidas sobre os refugiados.

"A comunidade internacional, os governos nacionais e todas as partes devem zelar pelo cumprimento, a aplicação e o seguimento dos acordos", sustentou.

JH // VM

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