Ministério aposta no diálogo e recusa punições radicais nas praxes
Porto Canal (AYR)
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, recusou as propostas radicais para combater os abusos nas praxes e aposta no diálogo com as instituições e no financiamento de iniciativas avança, esta terça-feira, o Diário de Notícias.
No estudo “A Praxe como Fenómeno Social”, apresentado no início do mês de Março, foi proposto que o Ministério tomasse medidas de punição para os abusos existentes nas praxes.
João Teixeira Lopes, da Universidade do Porto, e João Sebastião, do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), autores do estudo, aconselharam a "impedir o financiamento público de atividades de praxe académica, nomeadamente através do financiamento indireto que é atribuído às estruturas informais e não legitimadas de praxe por via de associações académicas e de estudantes”.
Por sua vez, Manuel Heitor indicou ao DN que prefere retirar o apoio às comissões de praxes, através do diálogo com as instituições do ensino superior e com outras entidades que as podem apoiar, tais como “empresas de bebidas alcoólicas”.
O Ministro concorda que as praxes ganharam uma maior importância graças à falta de alternativas institucionais para acolher e integrar alunos e, como tal, pretende apoiar iniciativas para ajudar a integração de novos alunos.
O Ministro vai apresentar, esta terça-feira à tarde, no Politécnico de Viseu, a iniciativa “exarp”, a versão invertida de “praxe” e cujo objetivo é “dar a volta à praxe”. Para promover a iniciativa, o Ministério já criou até um website.