Coimbra adjudica por 627 mil euros abertura de via na Baixa histórica da cidade

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Porto Canal com Lusa

Coimbra, 20 mar (Lusa) -- A Câmara de Coimbra vai adjudicar por cerca de 627 mil euros a primeira fase de construção da 'via central', artéria que, na Baixa histórica da cidade, ligará a Avenida Fernão de Magalhães à Rua da Sofia.

A primeira fase da nova artéria corresponde à abertura de um troço de 223 metros da extensão total de 255 metros da designada 'via central', entre a Avenida Fernão de Magalhães e a confluência da Rua da Sofia com a Praça 8 de Maio, atravessando zonas de Património da Humanidade e de proteção da área classificada, pela UNESCO, em 2013.

As cerca de três dezenas de metros restantes da rua serão construídos depois de intervencionados os imóveis junto à Rua da Sofia, "uma obra imprescindível para a total abertura deste canal", sublinha a Câmara.

A nova via coincide com o canal de passagem do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) na Baixa de Coimbra, na sequência do projeto de criação de um metropolitano ligeiro de superfície no ramal ferroviário da Lousã e em Coimbra.

O projeto de metropolitano/SMM implicou, designadamente, a desativação daquela ferrovia e a demolição de edifícios na área que vai ser atravessada pela 'via central', cujas parcelas de terreno necessárias são propriedade do município de Coimbra e da empresa Metro Mondego.

Além do "aumento da mobilidade no centro da cidade", a 'via central' irá "eliminar uma área de degradação urbana, contribuindo para a melhoria e requalificação" desta área da Baixa de Coimbra.

A via terá largura de cinco metros, "suficiente para permitir a circulação rodoviária e com espaço adicional para cargas e descargas", sendo o piso revestido com cubos de granito e as áreas pedonais com "calçadinha de vidraço".

O empreendimento, cuja execução tem o prazo de 270 dias, inclui também "infraestruturas de abastecimento de água, saneamento, eletricidade, iluminação pública, telecomunicações e fornecimento de gás".

A adjudicação da obra foi hoje aprovada pelo executivo municipal, com os votos favoráveis da maioria socialista e da bandada da coligação PSD/PPM/MPT, e a abstenção dos vereadores da CDU e do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC).

O vereador do CpC, José Augusto Ferreira da Silva, explicou a sua abstenção com o facto de não querer obstaculizar a obra, já aprovada pelos órgãos autárquicos, mas - recordou - o seu movimento manifestou-se contra a abertura da via, nos termos preconizados pela Câmara.

Além disso, o CpC propôs a realização de um referendo local sobre o projeto, pretensão que foi chumbada, em 30 de junho de 2016, pela Assembleia Municipal.

Os vereadores sociais-democratas votaram a favor da adjudicação da obra, apesar de ainda "não haver notícias definitivas sobre o Metro Mondego", mas a conclusão deste "corredor preferencial para transportes públicos" tem "mais-valias" para o "dinamismo urbano e comercial do centro histórico" da cidade, "desde que respeitado o projeto do arquiteto Byrne, em tempo aprovado pelo Município de Coimbra".

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