Professores protestam no Porto contra "cortes sucessivos" no ensino

| Norte
Porto Canal / Agências

Uma centena de professores e auxiliares juntaram-se hoje numa vigília frente às instalações da antiga Direção Regional de Educação do Norte (DREN) em protesto contra os "cortes sucessivos" no ensino que estão a "destruir a escola pública".

"O que estão a fazer com a escola é nem mais nem menos que destruir a escola pública, a escola a que todos têm o direito de aceder, designadamente os mais desfavorecidos", acusou João Torres, coordenador da União de Sindicatos do Porto, presente no protesto que decorreu na véspera do Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta.

O sindicalista criticou a medida do "cheque-ensino" que é "nem mais nem menos que a transferência de dinheiros públicos para o setor privado" e representa "mais um sinal" de que o Orçamento do Estado para 2014 "tem de ser chumbado" porque "não serve os interesses do país" e "está a ser feito na base do roubo àqueles que não têm nada".

Também Manuela Mendonça, coordenadora do Sindicato dos Professores do Norte, atacou o OE e "os cortes sucessivos na área da educação" que não só põem em causa o emprego dos professores mas também têm "consequências muito graves do ponto de vista do funcionamento das escolas e das universidades".

"Põe em causa o direito à educação que é um direito (...) que só a escola pública pode garantir a todos", sublinhou a sindicalista, para quem é "particularmente grave" o decréscimo do investimento público na educação, lembrando que "só em dois anos houve um decréscimo de 23%".

A sindicalista destacou que a proposta de OE que é votada terça-feira "corta mais 475 milhões [de euros] na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário e mais 94 milhões [de euros] no ensino superior e na ciência, mas ao mesmo tempo aumenta o financiamento do ensino privado".

Empunhando bandeiras e cartazes -- onde se podia ler frases como "a escola é de todos" ou "não destruam a escola" --, os professores lamentavam também a prova de avaliação de competências e conhecimentos que consideram "um perfeito absurdo".

"Está a passar por cima da lei de bases do ensino", frisou Sara Faria, professora desempregada desde 2012, para quem a prova "está a ser imposta de uma maneira bruta".

Os docentes manifestaram-se também contra o OE para 2014 que dizem ser "uma desgraça" e "uma pouca-vergonha" que "favorece o ensino privado".

"Todo o panorama está cada vez mais revoltante", atirou Arminda Vilela, professora aposentada e "absolutamente contra" o orçamento.

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