Lisboa, 25 nov (Lusa) -- A CGTP assegurou hoje que não pretende subir a escadaria da Assembleia da República na terça-feira mas sim manifestar-se contra o Orçamento do Estado (OE) para 2014, que considera "violento e demolidor".

"Nós não vamos manifestar-nos junto à Assembleia da República para subir a escadaria, mas sim para dizer que rejeitamos este OE e reclamamos que o Presidente da República o envie para o Tribunal Constitucional", disse o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, em conferência de imprensa.

O sindicalista foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade da subida da escadaria do parlamento pelos manifestantes, tendo em conta que elementos das forças de segurança o fizeram durante uma manifestação na última quinta-feira.

"Não ganharíamos nada se amanhã houvesse confrontos entre os manifestantes e a polícia para subir um ou dois degraus", disse, acrescentando que a Intersindical é contra a violência e, neste caso, vai protestar contra "a violência dos cortes dos salários e das pensões", nomeadamente, os previstos no OE.

Arménio Carlos considerou que o OE que vai ser aprovado na terça-feira "é profundamente violento" porque agrava os cortes dos salários e das pensões e aumenta ainda mais os impostos, sem retirar o país da situação em que se encontra.

"Este OE é violento e demolidor para quem trabalha, para os pensionistas, para os micro e pequenos empresários e para o país", afirmou.

O sindicalista disse ainda que o OE para 2014 viola de forma grosseira direitos consignados na Constituição da República e na Carta dos Direitos Humanos, nomeadamente o direito dos trabalhadores a uma remuneração equitativa.

"Por isso, assumimos que amanhã vamos ter uma grande ação de luta em todo o país, com uma grande manifestação em Lisboa, onde iremos assumir o compromisso de continuar a lutar para que este OE não vá em frente tal como está", concluiu Arménio Carlos.

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