Prémio da Associação de Críticos de Teatro entregue em abril à atriz Rita Cabaço

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 17 mar (Lusa) -- O Prémio da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro/2016 é entregue no dia 07 de abril, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, à atriz Rita Cabaço, foi hoje anunciado.

A atriz Rita Cabaço foi distinguida pelo seu desempenho em "Música", de Frank Wedekind, numa encenação de Luís Miguel Cintra, a última original do Teatro da Cornucópia, numa produção com o Teatro São Luiz, em Lisboa.

O júri decidiu ainda atribuir três Menções Especiais designadamente aos espetáculos "As Criadas", de Jean Genet, numa encenação de Simão do Vale, "Moçambique", pela companhia teatral Mala Voadora, e a "Dramatículos", sobre textos de Samuel Beckett, apresentados pelo Teatro da Rainha, com tradução e dramaturgia de Isabel Lopes e encenação de Fernando Mora Ramos.

Sobre Rita Cabaço, afirma a Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT) que na peça "Música", de Wedekind, a atriz "representa uma personagem fundamental para a estrutura dramatúrgica, quer da peça, quer do espetáculo".

"Este seu trabalho foi marcado por características excecionais, na sua relação não apenas com o texto, mas com todos os elementos de um espetáculo cuja lógica global passava por uma organização minuciosa de elementos concorrentes e, ao mesmo tempo, minuciosamente diferenciados entre si", lê-se no comunicado hoje enviado à agência Lusa.

A peça estreou-se a 30 de junho de 2016 no Teatro Municipal São Luiz, e foi reposta no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa.

Relativamente às Menções Especiais, sobre "As Criadas", peça levada à cena nos teatros Académico Gil Vicente, em Coimbra, e Carlos Alberto, no Porto, foi "uma segunda incursão por Simão do Vale no universo feminino, após o espetáculo 'Gertrude', em 2013".

"A opção ousada de traduzir uma versão menos conhecida deste texto de Genet proporcionou uma encenação bela e crua e com uma forte aposta no simbolismo cénico", afirma a APCT, acrescentando que o "espetáculo se destacou pela excelente direção de atores, a coerência das opções dramatúrgicas e a forte expressividade do desenho de luz".

Quanto a "Moçambique", pela Mala Voadora, afirma a APCT: "A pretexto de um episódio biográfico de Jorge Andrade, a Mala Voadora tece em Moçambique uma ficção que corre em paralelo com um país a descobrir-se no pós-colonialismo".

"Fazendo uso de um simples e eficaz dispositivo dramatúrgico, que convoca tanto o humor e a dança quanto imagens de arquivo dos primeiros anos de independência, questiona-se habilmente de que forma o indivíduo e a História moldam os seus destinos", lê-se no mesmo comunicado.

A peça estreou-se n'O Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, no Alto Alentejo, e esteve em cena nos teatros Viriato, em Viseu, Rivoli, no Porto, e Maria Matos, em Lisboa.

Quanto a "Dramatículos", a APCT destaca "a atriz Isabel Lopes pela sua excecional composição de Boca (Eu não) e Mulher sentada (Cadeira de embalar), num registo criativo da personagem que conjugava, de forma subtil, vaidade e recato, quietude e sobressalto".

NL // MAG

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