Ministério Público acusa José Sócrates de seis crimes

Ministério Público acusa José Sócrates de seis crimes
| Política
Porto Canal (AYR)

O Ministério Público acusa José Sócrates de corrupção passiva, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, falsificação, recebimento indevido de vantagem e tráfico de influências avança, esta sexta-feria, o Diário de Notícias.

Dos três crimes de que José Sócrates estava acusado, o Ministério Público acrescentou ainda tráfico de influências, falsificação e recebimento indevido de vantagem.

No documento ao qual o DN teve acesso, os procuradores agruparam as suspeitas por blocos sendo que inicialmente José Sócrates é suspeito de ter beneficiado do Grupo Lena em três situações.

Nestas três situações, o ex primeiro-ministro é suspeito de beneficiar na adjudicação de obras na Parque Escolar e de ter sido favorecido, no consórcio "Elos”, com a integração no contrato de uma cláusula relativa a despesas a reembolsar pelo Estado. É, ainda, acusado de crime de influências no que diz respeito ao encontro dos interesses do grupo de Leiria, uma vez que Sócrates alegadamente influenciou diplomatas portugueses.

No que diz respeito à ligação BES-PT-Sócrates, este é acusado de ter recebido contrapartidas do Grupo Espírito Santo por ter dado indicações à Caixa Geral de Depósitos para votar contra a OPA da Sonae. O antigo primeiro ministro é acusado, ainda, de ter utilizado a "golden share" do Estado de forma a interferir no negócio da venda da Vivo à Telefónica, o que proporcionou ganhos ao GES, avança o DN.

Quanto à acusação de falsificação, esta surge graças à transferência efetuada por Carlos Santos Silva para Sócrates, ao abrigo do Regime Excepcional de Regularização Tributária (RERT). Para o Ministério Público, o verdadeiro dono do pecúlio era o antigo primeiro-ministro, logo a adesão ao RERT foi falsificada através da utilização do nome do amigo.

O MP acusa ainda que José Sócrates teve um recebimento indevido de vantagem, uma vez que nos anos de 2010 e 2011 este passou férias em resorts, todas pagas por Carlos Santos Silva, uma despesa superior a 30 mil euros.

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