Miguel Macedo diz que invasão da escadaria da AR faz "parte da história"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 25 nov (Lusa) -- O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse hoje que a invasão, na passada quinta-feira, da escadaria da Assembleia da República faz "parte da história", garantindo que "não pode nem vai repetir-se".

"Há um passado, um presente e um futuro na cerimónia de posse que hoje aqui nos reúne. O passado foram os acontecimentos da pretérita semana. Eles já fazem parte da história. Uma história que não pode nem vai repetir-se", afirmou Miguel Macedo na cerimónia de tomada de posse do novo diretor da PSP, o superintendente Luís Farinha.

Até aqui comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), Luís Farinha sucede no cargo ao superintendente Paulo Valente Gomes, que colocou o lugar à disposição na sexta-feira, na sequência dos acontecimentos de quinta-feira em frente à Assembleia da República, tendo o seu afastamento sido aceite pelo ministro da Administração Interna.

Na cerimónia, presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o ministro da Administração Interna adiantou que a invasão da escadaria do parlamento não vai repetir "para bem do estado de direito" e "para defesa da imagem de profissionalismo e credibilidade dos agentes e das forças de segurança".

Miguel Macedo afirmou também que "as vicissitudes dos acontecimentos da semana passada ditaram a inevitabilidade da mudança de liderança na PSP".

No seu discurso, o ministro sublinhou que "a imagem de Portugal como país seguro é uma enorme mais-valia", que "ajuda a atrair investimento", a reforçar o país "como destino turístico" e "mais moderno e competitivo".

"Uma imagem de turbulência, violência ou conflito destrói num ápice todos os discursos em favor da segurança", disse, manifestando "compreensão pelos problemas" e "dificuldades" que os polícias atravessam.

No entanto, sustentou, que "há uma verdade que convém nunca esquecer, um polícia, antes de ser polícia, é um português", que "sente as adversidades da crise".

"Estamos aqui para nunca esquecer essa realidade e para encontrar sempre o engenho e a arte indispensáveis para minorar os problemas que têm e as dificuldades que atravessam. É essa a garantia que dou em nome de Portugal".

Na cerimónia, o governante afirmou que o Governo escolheu Luís Farinha para diretor nacional da PSP por ser "um oficial competente e experiente, dedicado e determinado, com provas dadas ao serviço de Portugal".

Milhares de profissionais de forças e serviços policiais e de segurança - PSP, GNR, SEF, ASAE, polícia marítima, guardas prisionais, polícia municipal e PJ - manifestaram-se na passada quinta-feira em Lisboa e, depois de derrubarem uma barreira policial, conseguiram chegar à entrada principal da Assembleia da República, onde cantaram o hino nacional, tendo depois desmobilizado voluntariamente.

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