Porto lança concurso para ligações mecanizadas em Miragaia, Palácio e Virtudes

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Porto Canal com Lusa

Porto, 14 mar (Lusa) -- A Câmara do Porto revelou hoje pretender lançar este mês o concurso para conceber percursos pedonais, com possíveis ligações mecanizadas, entre a cota baixa e alta da cidade nas zonas de Miragaia, Palácio de Cristal e Virtudes.

O procedimento, que a autarquia quer ter concluído em junho, foi apresentado em reunião camarária pela engenheira Teresa Stanislau, que admite a necessidade de, "em alguns locais", ter "ligações mecânicas" (escadas rolantes, por exemplo) mas espera pelas "soluções inovadoras" a apresentar pelos arquitetos candidatos.

Em declarações aos jornalistas, a vereadora do Ambiente, Cristina Pimentel, adiantou ser "perfeitamente possível" concluir, até ao fim do ano, outro concurso para ligar os Aliados e a zona da estação de S. Bento à Batalha, estando prevista a instalação de uma escada rolante na rua da Madeira.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defendeu que se "devem evitar coberturas" nas futuras ligações mecanizadas da cidade e esclareceu que a escada rolante da Rua da Madeira deve ocupar apenas uma parte das escadas atualmente existentes.

Estas, disse, podem continuar a ser usadas no seu percurso mais fácil, ou seja, para descer da Batalha até aos Aliados.

Relativamente a este processo, a vereadora acrescentou a intenção de recuperar uma vereda da Avenida da Ponte para fazer a ligação com a escada das Verdades e de instalar um "elevador entre os Guindais e cota intermédia do Seminário do Ferro".

De acordo com Cristina Pimentel, a autarquia está também a trabalhar com a Porto Vivo -- Sociedade de Reabilitação Urbana, soluções para novas ligações pedonais no Codeçal (Sé), estando em equação "rampas para encontrar percursos mais simples e, eventualmente, elevadores em articulação com o da Lada".

Quanto ao procedimento que a câmara se prepara para lançar, relacionado com Miragaia/Palácio/Virtudes, a vereadora indicou pretender "a integração urbanística, a viabilidade económica, a sustentabilidade ambiental, a exequibilidade e a inovação"

"Queremos garantir que as pessoas se desloquem nestes três pontos [Miragaia, Palácio e Virtudes] de forma confortável e segura", afirmou Teresa Stanislau, referindo que o investimento está estimado em dois milhões de euros, inscritos em fundos comunitários através do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU).

De acordo com a responsável, o primeiro núcleo deste projeto a avançar será o de Miragaia, seguindo-se o do Palácio e, por fim, o do Jardim das Virtudes, cujo objetivo é "ligar a parte nascente de Miragaia à Cordoaria", facilitando o acesso dos moradores da cota baixa ao hospital e ao tribunal, situados na cota alta.

Segundo Rui Moreira, o júri do concurso, indicado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, vai ser composto por Rui Mealha (presidente), Nuno Brandão Costa, Pedro Alarcão, José Miguel Rodrigues e Marta Pereira Rocha (membros efetivos).

Rui Loza, vereador eleito pela lista independente de Rui Moreira, defendeu que é preciso "ter cuidado com os impactos visuais destas soluções", indicando a necessidade de pensar em "paragens intermédias" nestas ligações entre a cota alta e a cota baixa.

"O funicular dos Guindais, por exemplo, não tem uma paragem intermédia. Continua a haver muitos degraus, para cima e para baixo, para quem vive no meio", frisou, defendendo que os "meios contínuos, como as escadas rolantes, são mais atrativos".

Também Pedro Carvalho, da CDU, defendeu os acessos intermédios, considerando que "o papel fundamental" destas ligações deve ser "servir as populações".

Ricardo Almeida, do PSD, destacou que o projeto da câmara devia ter em mente a "questão estratégica, da ligação do Palácio de Cristal, enquanto futuro centro de congressos e a Alfândega".

De acordo com Rui Moreira, "isso está claramente identificado" no procedimento.

ACG // LIL

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