Castelo de Paiva esperou 16 anos para Estado português desbloquear variante

Castelo de Paiva esperou 16 anos para Estado português desbloquear variante
| Norte
Porto Canal com Lusa

Dezasseis anos depois da tragédia de Entre-os-Rios, que vitimou 59 pessoas, Castelo de Paiva só agora vê acolhida pelo atual Governo uma das reivindicações mais antigas, a construção da variante à EN 222, disse à Lusa o presidente da câmara.

"Castelo de Paiva tem encontrado neste Governo um aliado no desenvolvimento do município. Exemplo dessa colaboração é o troço em falta da variante à EN 222, um compromisso que está a ser assumido por este Governo", afirmou à Lusa o autarca Gonçalo Rocha.

A construção daquela variante foi uma das promessas deixadas pelos governantes de então, como forma de compensar o concelho pelo impacto causado pelo acidente ocorrido no dia 04 de março de 2001.

Aquele troço vai assegurar a ligação da zona industrial das Lavagueiras à rede nacional de autoestradas.

Para o autarca socialista, ouvido pela Lusa, ter-se recentemente anunciado a conclusão da variante "é um ato político que demonstra coragem e que confere justiça ao território de Castelo de Paiva, sendo um passo importante para a concretização deste grande anseio de todos os paivenses".

O autarca congratula-se pelo facto de o Governo mostrar interesse em concluir aquela acessibilidade que considera fundamental para o concelho.

"Valeu a pena a luta que tem sido travada ", comentou.

Mas, frisou ainda, existem outras matérias que "têm tido o melhor acolhimento por parte deste Governo, nomeadamente no âmbito da saúde e na área da justiça, com as novas valências que foram devolvidas ao Tribunal Judicial de Castelo de Paiva, assim como a abertura de uma loja do cidadão que se perspetiva possa suceder a curto prazo".

Gonçalo Rocha assinalou haver atualmente razões para o concelho estar otimista em relação ao futuro, tendo em conta a atenção dada pelo atual Governo e o bom entendimento com o Presidente da República.

Apesar dos progressos, continua por cumprir a construção do IC35, ligando Castelo de Paiva a Penafiel, uma obra (primeiro lanço) que chegou a ser lançada pelo anterior Governo e que o suspendeu para reformular o projeto.

Das promessas relativas ao IC35, apenas foi cumprida a construção da uma segunda ponte em Entre-os-Rios e uma variante até Castelo de Paiva.

A centenária ponte Hintze Ribeiro também foi reconstruída.

Dezasseis anos depois da tragédia de Entre-os-Rios, o presidente da Câmara considera também "notável o exemplo e o testemunho de Castelo de Paiva", na medida em que, destacou, "as famílias conseguiram ultrapassar as dificuldades e fazer face aos problemas".

"Evidentemente, continuamos com muitos problemas que carecem de resposta. Mas graças ao trabalho, porque esse foi sempre o grande desígnio de Castelo de Paiva, temos conseguido unir forças e ultrapassar todas as dificuldades", reforçou.

Marcelo Rebelo de Sousa vai presidir, no sábado, às cerimónias que assinalam o 16.º aniversário da derrocada da ponte Hintze Ribeiro, sobre o rio Douro, que ligava os concelhos de Castelo de Paiva e Penafiel, ocorrida no dia 04 de março de 2001, provocando a morte a 59 pessoas.

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