Competitividade regional de Portugal mantém-se muito baixa

Competitividade regional de Portugal mantém-se muito baixa
| Economia
Porto Canal com Lusa

A generalidade das regiões de Portugal apresenta índices de competitividade muito fracos, sendo a região de Lisboa a única com um lugar na primeira metade da tabela da União Europeia (139.º), revela um relatório hoje publicado pela Comissão Europeia.

A terceira edição do "Índice de competitividade regional", publicado de três em três anos, abrange as 263 regiões da União Europeia e coloca a região de Lisboa no 139.º posto (com 54,5 pontos numa escala até 100), o Centro em 191.º lugar (35,1 pontos), o Algarve em 201.º (31,9), o Norte em 203.º (31,3), o Alentejo em 211.º (29,7), a Madeira em 223.º (25,2) e os Açores na 234.ª posição (16,7).

Entende-se por "competitividade regional" a capacidade de uma região para oferecer um ambiente atraente e sustentável às empresas e aos residentes para aí viverem e trabalharem, e a Comissão aponta que, "mais uma vez, se constata a existência de um modelo policêntrico, em que as capitais e as zonas metropolitanas são os principais motores da competitividade", como sucede em Portugal.

Na edição de 2016 deste índice, a Comissão disponibiliza uma ferramenta de Internet interativa que permite efetuar uma análise mais detalhada das regiões e uma comparação pormenorizada, podendo os utilizadores ver agora mais facilmente a situação da sua região em termos de inovação, governança, transportes, infraestruturas digitais, saúde ou capital humano.

De acordo com a Comissão, esta ferramenta foi também concebida "para ajudar as regiões a identificar os seus pontos fortes, os seus pontos fracos e as prioridades de investimento, aquando do processo de definição das suas estratégias de desenvolvimento".

"Este índice é um instrumento precioso, que permitirá melhorar a definição das políticas. Reforça os esforços da Comissão para apoiar as reformas estruturais e estimula as capacidades de inovação das regiões da EU [União Europeia], através dos investimentos ao abrigo da política de coesão", comentou a comissária da Política Regional, Corina Cretu.

A responsável sublinhou que, uma vez que cada região é um caso único, é prestado "um apoio individualizado, dotando as regiões da capacidade e da ajuda necessárias para tirarem partido dos seus pontos fortes e recursos".

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