BE questiona Governo sobre desigualdades no acesso a exame clínico

| Política
Porto Canal / Agências

Faro, 21 nov (Lusa) -- O Bloco de Esquerda questionou hoje o Governo sobre as desigualdades no acesso dos utentes do sul e do interior de Portugal a um exame clínico imagiológico denominado Tomografia por Emissão de Positrões (PET), por falta desses equipamentos.

Os distritos mais afetados são, segundo o Bloco de Esquerda (BE), os de Faro e de Bragança, onde não existem equipamentos, mas as dificuldades de acesso ao exame, cada vez mais utilizados em especialidades como a Oncologia, a Neurologia e a Cardiologia, verificam-se também em Beja, Portalegre, Castelo Branco e Guarda.

O exame PET "é uma técnica imagiológica não invasiva que permite a deteção de alterações do metabolismo celular, utilizando para tal marcadores específicos", e permite "diagnosticar alterações ainda não identificáveis por outros meios imagiológicos", precisou o BE no texto que antecede as perguntas que o partido apresentou na Assembleia da República, dirigidas ao Ministério da Saúde.

"Quando irá existir no Algarve um equipamento para realização de exames PET" e "qual é o plano do Governo para alargar o acesso a exames PET, designadamente no sul e no interior do país", são duas das quatro perguntas que o Bloco quer que a tutela da saúde responda.

O BE quer ainda que o Ministério diga as "medidas que vai o Governo implementar para garantir o alargamento dos equipamentos para realização de exames PET disponíveis na rede pública do Serviço Nacional de Saúde (SNS)" e se "considera adequado que toda a população residente nos distritos de Faro e de Bragança tenham que percorrer mais de 90 minutos para realizar um exame PET, bem como a maioria das pessoas residentes em Beja, Portalegre, Castelo Branco e Guarda".

As perguntas do BE surgem na sequência de um estudo realizado pela "Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre o acesso a este exame clínico, cujo relatório aponta para desigualdades no acesso nessas zonas do país.

"Em 2012, cerca de 12 mil utentes realizaram exames PET, sendo que 1.560 tiveram que percorrer distâncias que implicaram viagens superiores a 180 minutos (contabilizando a ida e o regresso). A ERS refere que 'tal estimativa poderá revelar uma realidade não só incómoda para o utente, como poderá concretizar um custo de transporte considerável e um baixo nível de acessibilidade", sublinhou o BE.

O partido referiu ainda que "existem apenas doze estabelecimentos dotados com o equipamento necessário à realização do exame, sendo que quatro se situam na zona de influência da Administração Regional e Saúde (ARS) do Norte, dois na do centro e seis na zona de Lisboa e Vale do Tejo", mas desses só "cinco estão no setor público".

MHC // ARA

Lusa/Fim

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