Telemedicina supre falta de especialidades no distrito de Bragança

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Porto Canal / Agências

Bragança, 21 nov (Lusa) -- A dermatologia é uma das especialidades em falta nos hospitais públicos do distrito de Bragança que a telemedicina acaba de suprir, permitindo aos doentes rastreios e consultas sem deslocações, a partir dos centros de saúde.

O serviço está a funcionar há pouco mais de uma semana através de uma parceria da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), responsável pelos três hospitais e 15 centros de saúde da região, com o Hospital de Santo António do Centro Hospitalar do Porto.

Em poucos dias, sete utentes do Nordeste Transmontano conseguiram um diagnóstico e encaminhamento que demoraria mais de um ano devido às listas de espera em dermatologia, uma especialidade que o Serviço Nacional de Saúde não oferece nesta região.

O presidente do Conselho de Administração da ULSNE, António Marçôa, explicou à Lusa que este projeto é pioneiro a nível nacional no âmbito de uma recente decisão da tutela para o estabelecimento da telemedicina de forma mais estruturada.

O serviço ficou a custo "zero", como sublinhou o diretor clínico da ULSNE, Domingos Fernandes, já que os centros de saúde da região estavam equipados há dez anos com a tecnologia necessária e que não estava a ser aproveitada.

"Estamos imensamente satisfeitos porque se consegue efetivamente provar que, mesmo não tendo recursos na nossa região em algumas especialidades, conseguimos fazer muito bom trabalho", observou o presidente do Conselho de Administração.

Os 15 centros de saúde do Nordeste Transmontano têm agora condições de realizar teleconsultas e telerastreios num processo acompanhado pelo médico família em contacto com especialistas do Hospital de Santo António, no Porto.

"É um bom exemplo de acessibilidade na perspetiva espacial de distância, vamos encurtar uma distância de 240/300 quilómetros, e acessibilidade temporal, porque temos uma resposta imediata" apontou o diretor clínico.

O responsável acrescentou que com este processo, é possível obter "uma resposta imediata, em termos de diagnóstico, com o doente no seu centro de saúde, e caso seja necessário, imediata também no hospital de destino, [já que] o encaminhamento passa a ser imediato".

Os responsáveis pela ULSNE pretendem alargar a telemedicina a outras especialidades e também internamente, permitindo, por exemplo, a ligação das cinco urgências existentes na região às especialidades existentes nos hospitais locais para evitar deslocações internas dos doentes.

Para o administrador António Marçôa, a telemedicina é um "bom exemplo de que, sem aumento de custos, é possível conseguir criar mais acessibilidade aos utentes"

"O esforço que nós estamos a fazer é de evitar que haja utentes a terem que se deslocar para fora da região", vincou.

A falta de especialidades no Nordeste Transmontano obriga os utentes do Serviço Nacional de Saúde a percorrerem distâncias, em alguns casos, de centenas de quilómetros, até ao Porto ou Vila Real para consultas ou tratamentos.

HFI // JGJ

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