Eixo Atlântico quer mais paragens em Portugal para o comboio entre Porto e Vigo

| Economia
Porto Canal / Agências

Porto, 14 nov (Lusa) - O presidente do Eixo Atlântico defendeu hoje a criação de paragens intermédias no atual comboio direto entre Vigo, na Galiza, e Porto, mas remete um modelo final para depois da reunião a realizar com a CP e REFER.

A posição foi transmitida por José Maria Costa à Lusa após uma reunião, no Porto, com o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Emídio Gomes.

Deste encontro, assume o também autarca de Viana do Castelo, surgiu a "grande sintonia" com o presidente da CCDRN na "defesa da modernização" da Linha do Minho, que serve de ligação à Galiza, enquanto "investimento estruturante" para a eurorregião.

Nesse sentido, Emídio Gomes informou os representantes do Eixo Atlântico - além do presidente e do secretário-geral também o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio -, que irá solicitar uma reunião às administrações da CP (que explora o serviço comercial) e a REFER (responsável pela gestão da rede ferroviária).

O encontro deverá ser agendado ainda para este ano e servirá para abordar o calendário do investimento na modernização da linha e os objetivos das duas empresas públicas, e contará com a presença dos representantes do Eixo Atlântico.

"Da parte do Eixo Atlântico foi dito ao senhor presidente da CCDRN que temos a vontade de ter mais ligações [do comboio entre Porto e Vigo], em Viana do Castelo e também para Braga, que é feita a partir de Nine", explicou, mas sem adiantar mais pormenores.

Em cima da mesa estará também a possibilidade de o comboio "Celta", que desde 02 de julho suprimiu as 14 paragens intermédias passando a ligar diretamente Porto e Vigo, parar ainda em Barcelos, conforme reclamado por aquele município.

"Temos algumas propostas em cima da mesa, mas sem a conversa com a CP, que tem a parte comercial, não estamos à vontade para adiantar mais informação. Isso também depende das condições técnicas, como os tempos de paragem e a articulação entre comboios", explicou José Maria Costa.

Nos primeiros quatro meses de operação, entre julho e outubro, o comboio "Celta" transportou 19.900 passageiros, segundo números avançados esta semana à Lusa pela CP.

Anualmente, no modelo anterior, aquele serviço transportava cerca de 15.000 passageiros.

O novo serviço direto, que só tem paragens técnicas para cruzamento de composições, é agora 45 minutos mais rápido, face às três horas e quinze minutos anteriores.

Entretanto, o presidente da REFER, Rui Loureiro, confirmou hoje que o projeto de modernização da Linha do Minho, um investimento de 66 milhões de euros e que tem um prazo de execução de 30 meses, prevê a eletrificação dos seus 96 quilómetros de extensão e a construção de estações técnicas para cruzamento de comboios com 750 metros.

PYJ (JAP) // MSP

Lusa/fim

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