Agência Internacional de Energia revê em alta procura de petróleo para 2013
Porto Canal
Segundo esta análise mensal do mercado do petróleo, que esta agência da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) elabora, a procura deverá atingir no conjunto de 2013 cerca de 91 milhões de barris por dia, mais 50.000 do que o previsto anteriormente.
Este consumo traduz mais um milhão de barris por dia do que os 90 milhões de barris consumidos em 2012, adianta a AIE.
"A procura europeia de petróleo dá sinais de vida, em linha com os dados económicos que confirmam que a zona euro saiu oficialmente da recessão no segundo trimestre de 2013", sublinhou a agência.
Os primeiros dados de setembro mostram que a procura europeia aumentou pelo terceiro mês consecutivo, apesar da AIE não determinar se a tendência continuará no terceiro trimestre.
No relatório anual, a AIE antecipa um aumento da procura de petróleo de 1,1 milhões de barris por dia em 2014, enquanto aumentam os sinais de recuperação económica.
O aumento das previsões para o próximo exercício não será mais elevado devido à reabertura gradual das centrais de energia nuclear no Japão e às expectativas de um inverno menos frio no hemisfério norte, indicou ainda a AIE, que tem sede em Paris.
Em relação à oferta de petróleo, esta aumentou em outubro em 600 mil barris por dia até aos 91,8 milhões, com um aumento mais significativo nos países que não são membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e uma queda da produção dos que são.
Em outubro e princípios de novembro, os preços do petróleo continuaram a cair como nos últimos quatro meses.
No entanto, o pico estacionário de consumo no hemisfério norte com a chegada do inverno e a agitação na Líbia e no Iraque podem elevar os preços, indicou a AIE.
Outro dos elementos que injetam volatilidade na evolução dos preços é a situação do Irão. As negociações em Genebra para negociar o programa de Teerão para gerar energia nuclear para utilização civil satisfazem os mercados, apesar das conversações multilaterais não se terem concretizado num acordo, adianta o relatório mensal da AIE.