Câmara de Gaia pede investigação sobre inundação que destruiu documentos do processo Gaianima
Porto Canal (MYR)
A Polícia Judiciária iniciou uma investigação em torno da inundação que destruiu grande parte dos documentos do processo que acusam antigos gestores da empresa Gaianima do uso ilegal de 2,7 milhões de euros, abuso de poder, pagamentos sem fundos e infidelidade, de acordo com um comunicado dado pelo Presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Rodrigues aos jornalistas, na manhã desta terça-feira.
O presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vitor Rodrigues, confirmou, esta terça-feira, ter chamado a Polícia Judiciária (PJ) para averiguar o que aconteceu numa das salas do edifício do Arquivo Municipal, onde uma inundação destruiu grande parte dos documentos que dizem respeito ao processo da empresa Gaianima.
Na edição desta terça-feira, o Jornal de Notícias refere que grande parte da documentação que envolve o processo de acusação da empresa Gaianima foi destruída, na noite de segunda-feira, por água quente, proveniente de uma conduta que terá rebentado.
Edurado Vitor Rodrigues, no seu comunicado aos jornalistas, na manhã desta terça-feira, afirma não ter noção dos estragos causados pela inundação, dado que a sala em causa se encontrava selada, na qual a inundação foi detetada no seguimento da manutenção do ar condicionado. "Nenhuma informação se perdeu efetivamente. Para a Câmara, o mais importante é garantir que há cópia de todos os processos e sobre isso não há dúvidas", acrescentou o autarca, não descartando a hipótese desta ocorrência ter sido um mero incidente, apesar da estranheza gerada pelos documentos destrúidos fazerem parte de uma participação criminal.