Negociações da Grécia com a 'troika' podem arrastar-se até Dezembro

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Porto Canal / Agências

Atenas, 13 nov (Lusa) - As negociações entre a Grécia e a 'troika' de credores internacionais que está a avaliar as contas do país para desbloquear mil milhões de euros podem "durar até ao Natal", afirmou hoje um responsável do Ministério das Finanças.

"A nossa estimativa é que as negociações vão arrastar-se, dado que ainda há muitas questões a abordar (...) Não sabemos exatamente quando vão terminar, podem continuar até ao Natal", disse à France Presse o alto responsável, pedindo anonimato.

A fonte não quis especificar quais são os pontos de atrito nas conversações que começaram no início de novembro com o regresso da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) a Atenas.

Segundo a imprensa, trata-se da dimensão do desvio orçamental previsto para 2014 e das medidas que devem ser tomadas para resolver o problema.

Um atraso no pagamento da próxima tranche de mil milhões de euros do empréstimo concedido à Grécia não "terá impacto nas finanças do país", garantiu.

Após uma reunião realizada na terça-feira à noite entre o ministro das Finanças, Yannis Stournaras, e a 'troika', um responsável do ministério indicou que "foi quebrado o gelo" e agora há "pontos de convergência" entre as duas partes, segundo a agência noticiosa grega ANA (semi-oficial).

O ministro desmentiu rumores de Bruxelas que circulavam nos 'media' gregos, segundo os quais um responsável europeu teria dito que as negociações só estariam concluídas em fevereiro.

"Essa declaração não reflete o espírito criativo das negociações. Quem disse isso devia ter a coragem de dar o nome. A distância que nos separa (da 'troika') não se mede em quilómetros, mas em metros", disse Stournaras, citado hoje pelos jornais gregos.

Stournaras e os responsáveis da 'troika' vão a Bruxelas na quinta-feira e as negociações devem ser retomadas no fim de semana.

De acordo com a 'troika', o buraco orçamental previsto para 2014 será de 1,5 mil milhões de euros, enquanto o governo estima que seja de pouco mais de 500 milhões de euros.

A avaliação trimestral da 'troika' foi interrompida no fim de setembro e só foi retomada no início deste mês.

Segundo o jornal grego Ta Néa, um dos motivos da demora nas negociações é o atraso na formação de um governo de coligação na Alemanha, país que tem um papel essencial nas decisões da 'troika'.

EO// ATR

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