CDS critica criação de lugar remunerado na Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu

| Política
Porto Canal / Agências

Viseu, 13 nov (Lusa) -- O CDS-PP considerou hoje "politicamente imoral e eticamente incorreta" a nomeação do arquiteto Fernando Marques para um lugar remunerado na Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) de Viseu.

A designação de Fernando Marques (sétimo da lista do PSD à Câmara de Viseu, que não foi eleito) para vogal executivo da SRU foi aprovada na última reunião da câmara.

Em comunicado, a concelhia do CDS-PP critica a criação de um lugar remunerado na SRU e a nomeação de Fernando Marques, por entender que, "ainda que porventura legítima, é politicamente imoral e eticamente incorreta".

"Sem uma ideia concreta para o centro histórico, nomear um gestor é tão só responder à preocupação de colocar os seus pares numa lógica partidária do interesse pessoal, esquecendo a promessa de 'Viseu Primeiro' (lema da candidatura do PSD)", afirma.

Na opinião do CDS-PP, "o mesmo sinal e ainda mais incompreensível" foi dado com a nomeação da antiga vereadora Ana Paula Santana (sexta da lista do PSD, que também não foi eleita) para a Gestin Viseu, entidade responsável pela gestão dos parques empresariais.

Na semana passada, o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, justificou aos jornalistas a nomeação de Fernando Marques com o facto de as funções da SRU irem ser alargadas.

Segundo o autarca, as funções vão ter "uma lógica de gestão do centro histórico, nas suas vertentes urbanística, de reabilitação, de centro comercial ao ar livre, de animação e dinamização cultural", passando o arquiteto a ser "o gestor do centro histórico".

No que respeita à Gestin Viseu, explicou que decidiu manter em funções Ana Paula Santana por se tratar de "um dossiê que está em fase de conclusão".

Na segunda-feira, também o PS criticou as duas nomeações.

O vereador socialista José Junqueiro admitiu que o executivo liderado por Almeida Henriques "tem legitimidade para nomear quem muito bem entender", mas frisou que se trata "da criação de um lugar que não existia, despesa acrescida para a câmara", que o PS entende não ser essencial.

Relativamente à Gestin, realçou que este "é um projeto falhado, falido," e, portanto, não poderiam "dar o acordo à nomeação de alguém que fosse o representante da câmara".

AMF // ROC

Lusa/fim

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