Líder comunista mantém "sonho" de "assumir todas as responsabilidades"

Líder comunista mantém "sonho" de "assumir todas as responsabilidades"
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| Política
Porto Canal com Lusa

O líder comunista do PCP encerrou hoje o XX Congresso, no qual foi reeleito pela quarta vez seguida, desde 2004, vislumbrando as eleições autárquicas e o sonho comunista, disposto a "assumir todas as responsabilidades".

Jerónimo de Sousa, numa intervenção de 15 minutos, ao terceiro e último dia de trabalhos em Almada, avisou do "futuro incerto" do mundo e da Europa, somado "à contradição" dos constrangimentos e imposições externos", sentidos devido às opções do Governo PS, mas manteve a plateia de cerca de 3.500 apoiantes desperta para o "fascinante projeto" de uma "sociedade liberta da exploração do homem pelo homem".

"Um momento para afirmar e valorizar a CDU (Coligação Democrática Unitária, com "Os Verdes") e fazer prova da reconhecida capacidade de gestão e entrega aos interesses das populações e resposta aos seus problemas, afirmando o PCP e a CDU como forças capazes de assumir todas as responsabilidades que os trabalhadores e povo lhes queiram atribuir", definiu sobre as próximas eleições locais, no outono de 2017.

Para o secretário-geral comunista será "um momento para progredir e avançar, confirmar maiorias e conquistar novas posições e mandatos", ou seja, uma "importante batalha política" para "pesar mais na vida política nacional".

"Este partido não regateará nenhum esforço ou tarefa que visem defender e conquistar direitos e melhorar as condições de vida dos trabalhadores e do povo, sempre com os olhos postos na linha do horizonte, no objetivo supremo que anima e justifica a nossa razão de ser - uma sociedade liberta da exploração do homem pelo homem", garantiu.

Entre os alertas, Jerónimo de Sousa referiu-se ao "futuro incerto, perante a crise do capitalismo e a resposta imperialista, agressiva e de guerra" e a "crise na e da União Europeia, que vai empurrando os problemas com a barriga", assim como a "incerteza no plano nacional, face à contradição que os constrangimentos e imposições externos colocam a novos avanços sociais".

"Quem, se não este partido, que nunca teve uma vida fácil, temperado em tantas e tantas lutas, pode afirmar a sua confiança nos trabalhadores, no povo e na pátria portuguesa?", indagou.

Com mandato renovado, previsivelmente até à próxima reunião magna ordinária dentro de quatro anos, embora o Comité Central tenha a todo o momento o poder de designar outro secretário-geral, Jerónimo de Sousa concluiu o discurso esperançoso.

"A concretização do fascinante projeto por que lutamos, esse sonho milenar... possivelmente, só será materializado para além das nossas vidas, mas este é o nosso tempo, de fazer, agir, lutar, por este ideal. Torná-lo mais próximo e possível é uma tarefa exaltante dos militantes comunistas", congratulou-se, levantando mais uma vez dirigentes, delegados, militantes e simpatizantes antes de ecoar no Complexo Desportivo Municipal "Cidade de Almada" os emotivos "Avante, camarada!", "A Internacional" e "A Portugesa".

Depois, como é habitual, foi tempo de todos colaborarem na recolha de mesas, cadeiras e outros materiais e som e imagem, assim como as bandeiras do PCP e de Portugal e os cartazes, tarjas e pano cénico de um congresso dedicado ao lema: "Com os trabalhadores e o povo, democracia e socialismo".

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