Tribunal egípcio ordena fim do estado de emergência decretado há três meses
Porto Canal / Agências
Cairo, 12 nov (Lusa) -- O Tribunal Administrativo do Egito ordenou hoje o fim do estado de emergência e do recolher obrigatório impostos há três meses, depois da dispersão sangrenta de uma manifestação de islamitas em agosto.
O Governo reagiu através de um comunicado no qual afirma que respeitará a decisão judicial, mas que só a aplicará depois de ser oficialmente notificado, o que ainda não ocorreu.
"O Governo está empenhado na implementação das decisões judiciais. O Governo aguarda o texto do veredicto", lê-se no comunicado.
O presidente interino do Egito, Adly Mansur, declarou o estado de emergência a 14 de agosto, quando focos de violência surgiam em várias cidades do país em protesto contra a violenta dispersão de uma manifestação de apoio ao presidente deposto, o islamita Mohamed Morsi.
Centenas de pessoas morreram na repressão do protesto, a maioria apoiantes de Morsi, e grupos islamitas de vários pontos do país retaliaram com ataques às forças de segurança e a igrejas e residências de cristãos coptas.
O estado de emergência dá poderes alargados de detenção às forças de segurança.
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