CDU volta a defender reuniões semanais na Câmara do Porto
Porto Canal / Agências
Porto, 09 nov (Lusa) -- O vereador da CDU na Câmara do Porto defende reuniões do executivo semanais, em vez de quinzenais, com períodos antes da ordem do dia de uma hora, e propõe a realização de duas sessões públicas por mês.
Na proposta de alteração do regimento que regulamenta a forma de organização e funcionamento do órgão da Câmara do Porto, que vai apresentar na reunião de terça-feira, o vereador Pedro Carvalho propõe também a eliminação do ponto que prevê que as intervenções do público sejam ordenadas de forma a dar prioridade às que incidam sobre assuntos de interesse coletivo ou público.
O comunista quer que as intervenções do público aconteçam pela ordem do registo de inscrição dos munícipes.
Pedro Carvalho já tinha solicitado a alteração da periodicidade das sessões na 1.ª reunião do executivo, mas o presidente da Câmara, Rui Moreira, rejeitou no momento a realização de encontros semanais, mantendo as reuniões de 15 em 15 dias.
Nesse mesmo encontro, o comunista e os três vereadores do PSD criticaram o regimento da Câmara, nomeadamente por conter restrições à intervenção da oposição e dos munícipes.
Rui Moreira sugeriu então aos vereadores da oposição que apresentassem alterações ao documento, que agora vai a votação na próxima reunião do executivo.
A proposta de regimento a apresentar na terça-feira conta já com uma alteração face à versão inicial que vai de encontro às pretensões da oposição.
De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, as deliberações passam a poder ser propostas pela oposição, sendo que a versão anterior definia que a ordem do dia de cada reunião era estabelecida pelo presidente e apenas incluía propostas dos vereadores com competências delegadas.
Na ocasião, Rui Moreira afirmou que "gostaria muito que o papel de todos os vereadores fosse respeitado", mostrando-se na disposição de "acolher algumas" das sugestões propostas pela oposição.
O vereador do PSD Amorim Pereira classificou a versão inicial do regimento como "um garrote", considerando que o documento tinha como objetivo "calar a palavra" da oposição.
JAP // VC
Lusa/Fim