Novo diretor do Teatro Viriato, em Viseu, decidido no início de dezembro
Porto Canal com Lusa
Viseu, 09 nov (Lusa) -- O presidente da Câmara de Viseu espera concertar com o ministro da Cultura, no início de dezembro, o nome do substituto de Paulo Ribeiro no Teatro Viriato, que terá de ser uma pessoa da "primeira divisão" da cultura portuguesa.
"Nunca deixarei de decidir o futuro nome para o Teatro Viriato sem o concertar com o outro grande parceiro deste projeto, que é o Ministério da Cultura", disse hoje Almeida Henriques (PSD) à agência Lusa.
A 31 de outubro, o Ministério da Cultura anunciou que Paulo Ribeiro -- bailarino, coreógrafo e diretor-geral e de programação do Teatro Viriato -- foi nomeado diretor artístico da Companhia Nacional de Bailado.
Na terça-feira, durante uma visita ao Museu Nacional de Grão Vasco, o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, afirmou aos jornalistas que cabe à Câmara de Viseu decidir o sucessor de Paulo Ribeiro.
"O teatro é municipal, a Câmara é soberana na decisão do nome. É natural que o senhor presidente da Câmara converse comigo, temos uma relação muito boa, institucional e pessoal", considerou.
Almeida Henriques avançou à Lusa ter um encontro combinado com o governante no início de dezembro, para o qual espera levar o nome "de uma pessoa que permita que o Teatro Viriato continue a ter um diretor de primeira divisão, que continue a projetar o Teatro Viriato do ponto de vista nacional e internacional".
"Não podemos substituir o Paulo Ribeiro por uma escolha de segunda linha. Tem de ser substituído por uma pessoa de primeira linha, até para nos dar a garantia de continuidade deste belo projeto e, ao mesmo tempo, continuar a dar o contributo importantíssimo para Viseu fazer o caminho de se afirmar como uma cidade de cultura e de eventos", frisou.
Na sua opinião, o próximo diretor do Teatro Viriato terá de continuar a apostar na área da dança, para que o projeto não seja desvirtuado.
"Temos o Lugar Presente a funcionar ao lado, que é a escola de dança do ensino articulado, portanto, o novo diretor ou a nova diretora, terá que ser alguém que mantenha alguma linha de continuidade neste segmento da dança", realçou.
No entanto, segundo o autarca, o novo diretor poderá ser uma pessoa oriunda "de outras formas de expressão artística".
"Temos que estar com a mente aberta neste momento. Era melhor que o Paulo Ribeiro se mantivesse mas, face ao desafio que tem, felicitei-o e deixei-lhe logo o desafio para que haja uma boa articulação e a Companhia Nacional de Bailado possa vir a ter uma programação mais assídua em Viseu", contou.
Antes de se encontrar com o ministro, Almeida Henriques pretende também reunir com Paulo Ribeiro, que assumiu em 1998 as funções de diretor do Teatro Viriato, tendo entre 2003 e 2005 sido diretor do Ballet Gulbenkian (antes da sua extinção).
O autarca social-democrata explicou que o Teatro Viriato é financiado em partes iguais pela Câmara de Viseu e pelo Ministério da Cultura.
"É um teatro municipal que tem um contrato-programa com o Ministério da Cultura, em que 40% do seu orçamento global anual é suportado pelo ministério e os outros 40% pela Câmara. Mas depois nós suportamos todo o funcionamento do edifício, como obras, água, luz e reposição de equipamentos", acrescentou.
AMF // SSS
Lusa/fim