75 mil idosos perdem o Complemento Solidário para Idosos
Porto Canal (SYA)
Desde 2011, o número de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) diminuiu um terço, o que equivale a cerca de 75 mil beneficiários, no entanto, a pobreza nessa classe população aumentou.
Entre dezembro de 2011 e setembro de 2016, o CSI perder um terço dos seus beneficiários, o que equivale a cerca de 75 mil idosos. No final de 2011 o número de beneficiários era de 235 726, enquanto que em 2015 era apenas de 165 982.
Os pedidos indeferidos para ter direito ao CSI entre 2013 e 2015 foram 23 889.
No entanto, a pobreza nesta classe da população aumentou de 14,5% para 17%. Em 2015, eram 360 mil o número de idosos a viver abaixo do limiar da pobreza.
Apesar de se prever um aumento no número de beneficiários em 2017 face a 2016, o valor ainda se encontra distante de 2011.
Nas próximas semanas, o Governo lança uma campanha de divulgação acerca do Complemento Solidário para Idosos. Esta campanha consiste no envio de cartas para todos os idosos, os que usufruem do Complementos, os idosos a quem o mesmo foi retira e os que viram o pedido indeferido, o que equivale a cerca de 146 mil idosos.
Nesta campanha existe ainda um parte dedicada a campanha publicitária nos media e a GNR vai ajudar na divulgação nas zonas mais rurais.
Para usufruir do CSI, os idosos devem ter mais de 66 anos e três meses, ser pensionistas ou receber um subsidio mensal vitalício e ter rendimento inferior ao valor de referência da prestação.
Os grandes picos na descida do número de beneficiários foi no final de 2014 e outro por volta de 2014. As razões estão relacionadas com alterações legislativas, que existiram em janeiro de 2013, e a falta de informação. Junto a isto, a diminuição também pode ser explicada pelo grande número de idosos que vivem com um valor muito próximo do valor da linha de pobreza.
O facto dos rendimentos dos filhos serem tido em conta para que os idosos beneficiem do CSI é razão de contestação, nomeadamente pelo BE e pelo PCP.