Seguro demarca-se de um novo programa com a natureza do actual

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 07 nov (Lusa) - O secretário-geral do PS afirmou hoje que assumirá as suas responsabilidades perante a hipótese de Portugal necessitar de um programa cautelar em junho de 2014, mas demarcou-se de um novo programa com a mesma natureza do atual.

Esta posição foi assumida por António José Seguro em entrevista à TVI, depois de questionado pela jornalista Judite de Sousa se o PS está ou não disponível para assinar um eventual programa cautelar em junho de 2014, após a conclusão do atual programa de assistência financeira.

Seguro começou por responder que, "se esse problema se colocar, perante o que estiver em cima da mesa, o PS assumirá as suas responsabilidades".

"Mas não posso pronunciar-me sobre o conteúdo de um programa que desconheço. Se Portugal precisar de um programa dessa natureza, tenho de saber que condições são exigidas ao país", referiu.

De acordo com o líder socialista, nessa questão referente à necessidade de um programa cautelar, o problema não está nas condições do PS, "mas nas condições (caso o programa venha a ser necessário, o que não desejo) que sejam exigidas aos portugueses".

"Se a 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeu e Fundo Monetário Internacional) e o Governo insistirem num segundo programa com a mesma natureza, acha que o PS deve assinar esse programa?", questionou António José Seguro.

Na sequência desta posição de dúvida de Seguro, a jornalista confrontou-o com o facto de o PS ter assinado em maio de 2011 o atual programa de assistência financeira.

Mas Seguro ripostou: "Em 2011 o PS assinou um programa de ajustamento que tinha objetivos, que terão de ser avaliados em junho de 2014. Não virarei as costas ao meu país e, perante os problemas, o PS apresentará as suas soluções", declarou.

Interrogado se o PS exigirá a realização de eleições legislativas antecipadas para assinar um programa cautelar, Seguro recusou que essa seja a sua prioridade.

"Se as eleições fossem a minha prioridade teria feito um acordo em junho [com o PSD e CDS] custasse o que custasse", disse.

PMF // SMA

Lusa/fim

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