Presidente do BCE espera "melhoria gradual" da zona euro ainda este ano

| Economia
Porto Canal / Agências

Xangai, China, 03 jun (Lusa) - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, espera uma "melhoria gradual" da situação financeira da zona euro antes do final do ano, declarou hoje em Xangai, na China.

"A situação da zona euro continua difícil, mas apareceram alguns sinais de uma possível estabilização e o nosso cenário de base continua a ser o de uma melhoria muito gradual com início na última parte do ano", declarou Mário Draghi durante uma conferência financeira na capital económica chinesa.

O BCE "continuará a apoiar o esforço económico, assegurando a estabilidade dos preços na zona euro", disse ainda Draghi, segundo uma versão escrita do seu discurso.

As declarações do presidente do BCE surgem antes da muito aguardada reunião de quinta-feira do conselho de governadores do BCE, durante a qual serão avaliadas as opções disponíveis para estimular a economia que está em recessão depois da descida das taxas de juro em maio.

A inflação na zona euro atingiu 1,4% em maio, contra 1,2% em abril, marcando uma subida pela primeira vez em vários meses, segundo dados divulgados na sexta-feira.

"Calibrando a nossa resposta política em relação aos desafios futuros, o BCE permanecerá profundamente envolvido na nossa política monetária", adiantou Draghi.

Respondendo a uma questão, o diretor do BCE considerou que a prioridade das prioridades é a necessidade de evitar a formação de "bolhas" nos mercados financeiros e de assegurar o regresso do crescimento.

"Gostaríamos de ver uma melhoria mais forte" da situação económica, declarou ainda.

Mário Draghi afastou ainda os riscos da união monetária rebentar, assegurando que "a união de hoje é mais sólida e forma uma união mais estável do que anteriormente porque a convicção geral é que esta vai perdurar".

Questionado sobre soluções para apoiar o crescimento na zona euro, a instituição de Frankfurt reduziu a 02 de maio a principal taxa diretora, barómetro do crédito na zona euro, em um quarto de ponto para 0,5%, um mínimo de sempre.

A 02 de maio, o BCE também desceu para 1% a taxa de empréstimo marginal diária, à qual os bancos podem emprestar por 24 horas ao BCE, mas manteve em 0% a taxa dos depósitos diária, à qual os bancos podem fazer depósitos a 24 horas no BCE.

Na altura, Mario Draghi não excluiu a possibilidade de colocar esta última taxa em níveis negativos para encorajar os bancos a emprestar dinheiro às empresas e às famílias em vez de colocar a liquidez excedentária no BCE.

MC // MSF

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