Rebeldes do Exército de Libertação Nacional da Colômbia matam dois civis

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Porto Canal com Lusa

Bogotá, 28 out (Lusa) -- Rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia mataram dois camionistas no nordeste do país, num ato considerado "terrorista" pelas autoridades, horas depois de o Governo ter suspendido as negociações de paz com a guerrilha.

"É simplesmente um ato terrorista contra dois caimões civis que viajavam nas estradas de Arauca, que foram incendiados e os condutores mortos por membros do ELN", disse à agência AFP o coronel Miguel Angel Rodriguez.

Na quinta-feira, o Governo disse que ia adiar as negociações de paz com os rebeldes do ELN até ser libertado um ex-deputado sequestrado, horas antes da hora marcada para o início das conversações.

Os rebeldes começaram depois o processo de libertação do refém, Odin Sanchez, disse o principal negociador do governo para as conversações, acrescentando que o processo pode prolongar-se até à próxima semana.

O ELN é a segunda maior guerrilha do país, a seguir às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), há quase quatro anos em negociações com o Governo.

O diálogo com o ELN tem como objetivo abrir uma nova frente nos esforços do Presidente Juan Manuel Santos para pôr fim ao conflito armado de meio século que matou mais de 26 mil pessoas.

Santos, vencedor do Prémio Nobel da Paz deste ano, já assinou um acordo de paz com as FARC, mas foi rejeitado num referendo, estando agora a decorrer novas negociações.

Na quinta-feira, Santos reiterou que o Governo continua a desejar que as negociações com o ELN sejam bem-sucedidas. No entanto, o grupo rebelde ficou insatisfeito com o adiamento, escrevendo no Twitter: "Não concordamos com a suspensão do calendário".

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