Português que tentou entrar ilegalmente no Canadá conhece sentença dia 15
Porto Canal / Agências
St. Johns, Canadá, 07 nov (Lusa) - O português detido no Canadá por tentativa de entrada ilegal no país conhecerá no dia 15 a sua pena que pode ir até três anos de prisão, confirmou quarta-feira fonte do Tribunal Provincial de St. Johns à agência Lusa.
José Paulo Arruda Fernandes, de 52 anos, declarou-se no mês passado culpado dos crimes de uso de passaporte canadiano para entrar ilegalmente no país e de utilização de passaporte ilegal.
O procurador responsável pela acusação, Robin Fowler, pediu ao juiz David Orr uma pena de três anos, defendendo que a reincidência "mostra que [Fernandes] tem pouco respeito pelas autoridades canadianas."
A defesa garante que o português já percebe que terá de conquistar residência no país seguindo os mecanismos legais e pede uma pena de 12 a 18 meses.
José Fernandes pagou 25 mil dólares (cerca de 18.500 euros) por um passaporte falso, mas foi detido a 08 de setembro de 2012 no porto de St. Johns quando tentava desembarcar do Eurodam, um barco cruzeiro.
As autoridades descobriram que o passaporte, com o nome James Swift, era falso e que Fernandes já o usara anteriormente.
Na última audiência, o advogado de defesa, Bob Simmonds, sublinhou que a última vez que o seu cliente cometeu um crime foi em 1992 e que tentava regressar ao país para estar com a sua mulher, filhos, netos e mãe, todos a viver no Canadá.
"Não temos aqui um criminoso perigoso", disse Bob Simmonds, explicando que o português apenas "quer reunir-se com a sua família e este é um sentimento humano compreensível."
José Fernandes emigrou pela primeira vez para o Canadá em 1970, onde viveu até 1996, ano em que foi deportado pelos crimes de assalto e perturbação.
Das seis vezes que tentou entrar no país, o português foi apanhado e condenado.
Da última vez, em abril do ano passado, foi condenado a um ano de prisão. No final da pena, foi deportado para Portugal. Seis meses depois, em setembro, tentou entrar de novo e foi nesse momento que se deu a última detenção.
AYS // JCS
Lusa/Fim