Pedro Dias continua desaparecido e há queixas de descoordenação das forças policiais. Governo nega
Porto Canal (SYA)
As pistas para o caso do alegado assassino de Aguiar da Beira têm sido poucas e sem saída, no entanto, e para piorar a situação, tem havido acusações de falta de coordenação entre os meios policias envolvidos, falta de coordenação essa negada por Helena Fazenda e pelo Governo.
Pedro Dias continua desaparecido depois de, alegadamente, ter cometido dois crimes de assassinato no dia 11 de outubro, dia desde o qual é procurado sem sucesso.
As pistas mais relevantes já têm dias, como a do carro abandonado anteriormente roubado pelo “piloto” e os relatos que afirmavam que o suspeito vestia vermelho. Desde aí as pistas têm sido dúbias e poucas, como a do desaparecimento de cobertores e casacos de uma casa, reportadas na quinta-feira passada, acontecimento que ainda não se confirmou ter relação com o alegado assassino.
Também não há relatos na proximidade de carros roubados, furtados nem casos de carjacking. A polícia já admite a possibilidade de Pedro Dias estar a ser ajudado.
Do terreno surgem queixas de falta de coordenação entre polícias e as queixas recaem, maioritariamente, sobre a PJ, entidade responsável pela investigação. A GNR sente-se uma passo atrás, segundo o Diário de Notícias (DN) e queixa-se da falta de partilha de informação.
GNR admite as dezenas de chamadas que recebem por dia a relatar supostos avistamentos. Dizem que todos os dias revistam casebres, barracões e casas abandonadas em busca do “piloto”.
No entanto, no âmbito destes relatos de descoordenação policial, surge a informação de uma reunião entre Helena Fazenda, Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna (SSI) com dois altos dirigentes da GNR e da PJ, o Diretor nacional adjunto, Pedro do Carmo e o comandante operacional da Guarda, o major-general Rui Moura. No entanto, fontes do SSI apelidam-na de “reunião de rotina”.
Esta reunião surge no mesmo dia que aparecem declarações do ex-Secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna, expondo o silêncio de Helena Fazenda e reforçando a gravidade da situação de descoordenação relatada pelos meios no terreno.
Entenda-se que a PSP não foi convocada para esta reunião, apesar de ter aparecido na última quarta-feira a expôr o seu desagrado pela exclusão de que é alvo uma vez que é a entidade responsável pela segurança da população nas zonas urbanas.
É de notar que Helena Fazenda recusa a existência desta descoordenação, tal como a Ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques e a Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem. Segundo o DN, Helena admite estar a existir uma coordenação e esta estar a ser ajustada e consolidada consoante as necessidades que a investigação tem.