Governo vai injetar mais 561 milhões de euros no BPN em 2017

Governo vai injetar mais 561 milhões de euros no BPN em 2017
| Economia
Porto Canal (SYA)

O Governo prevê gastar mais 561,2 milhões de euros com o Banco Português de Negócios (BPN), segundo o Orçamento de Estado para 2017.

O BPN foi nacionalizado em 2008 e desde aí já custou mais de 3,2 mil milhões de euros aos contribuintes, o que representa 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os 561,2 milhões de euros que constam na informação do OE2017, será dividido em três parcelas de despesa, três sociedades de veículo ou sociedades de par, correspondendo aos três fundos que gerem o banco nacionalizado, sendo eles o Parparticipadas, o Parups e o Parvalorem.

Estes fundos têm várias dívidas no seu histórico, apesar de ainda terem algum património, têm também dívidas à Caixa Geral de Depósitos (CGD), valores elevados de créditos mal parados e investimentos menos felizes que são chamados de ativos tóxicos. Para cobrir esses ativos, o Governo injeta dinheiro no BPN desde 2011.

Em 2015, segundo o Orçamento do Estado, a despesa pública foi de 674 milhões de euros e depois de registadas despesas e receitas, o valor do prejuízo chegou a 591 milhões de euros, valores referidos pelo Tribunal de Contas, apesar de ainda provisórios.

Em 2016, o OE apresentou uma despesa de 567 milhões de euros para as sociedades de veículo.

Em 2017, os 561,2 milhões de euros serão divididos pelos três fundos da seguinte maneira: 53,7 milhões de euros para o Parparticipadas; 118,7 milhões de euros para o Parups e 388,8 milhões de euros para o Parvalorem.

Apesar disto consistir em algo importante para as contas públicas, a informação sobre o assunto no Orçamento do Estado de 2017 é pobre, tal como nos Orçamentos anteriores.

O Governo assume a devolução das quantias prestadas como forma de resolver a situação, no entanto, admite ser um processo lento que só em 2020 a situação estará quase resolvida.

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