Transferidos 70 polícias da Unidade de Polícia Pacificadora das favelas brasileiras
Porto Canal / Agências
Rio de Janeiro, 04 nov (Lusa) -- Cerca de 70 agentes da Unidade de Polícia Pacificadora ligada ao desaparecimento e morte de um morador da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, foram transferidos por razões psicológicas, revelou um comandante da unidade no domingo.
De acordo com o sítio de notícias G1, que cita o coronel Frederico Caldas, coordenador daquela força especial das favelas brasileiras, os agentes foram transferidos porque se "sentiam perseguidos e intimidados" após a polémica do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza.
O pedreiro nunca mais foi visto desde que terá sido sequestrado por agentes da polícia em julho.
Cerca de 25 elementos do contingente de 700 agentes da unidade destacada na Rocinha foram recentemente presos pelo seu envolvimento na tortura e morte de Amarildo de Souza e por tentarem imputar a culpa aos traficantes de droga da favela.
O corpo daquele trabalhador nunca foi encontrado e o seu desaparecimento desencadeou vários protestos de moradores da favela, nomeadamente pela ausência de explicações da polícia.
Dezenas de pessoas desfilaram sábado na favela, no dia em que se assinalou o culto dos mortos e com o objetivo de realizarem um funeral simbólico para Amarildo de Souza.
Os manifestantes, que se deslocaram ao posto da unidade policial na favela, estavam 'mascarados' com fotografias de Amarildo de Souza e exigiram às autoridades a entrega do corpo da vítima.
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