Fecho da Unidade de Saúde de Azevedo no Porto é temporário garante ARS/N

| Norte
Porto Canal / Agências

Porto, 01 nov (Lusa) - A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS/N) afirmou hoje que fecho da Unidade de Saúde de Azevedo, no Porto, é temporário e foi determinado em articulação com a Câmara Municipal, pela "manifesta falta de segurança do edifício".

Dezenas de utentes daquela unidade de saúde, que serve nomeadamente o bairro do Lagarteiro, no Porto, concentraram-se esta manhã no local a protestar contra o encerramento daquele serviço público a partir de segunda-feira.

Num esclarecimento à agência Lusa, a ARS/N refere que a decisão foi tomada "no seguimento da reunião, hoje levada a efeito, entre a senhora diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Oriental e o senhor vereador para a Habitação e Ação Social da Câmara Municipal do Porto -- Dr. Manuel Pizarro -- e em que igualmente participou um representante do Gabinete de Instalações e Equipamentos desta ARS".

No encontro foi determinada a "suspensão temporária da atividade assistencial na Unidade de Saúde de Azevedo de Campanhã tendo em conta a manifesta falta de segurança do edifício e decidiu-se "proceder à reavaliação mais profunda das condições estruturais do mesmo edifício", refere a ARS.

Segundo aquele organismo, foi ainda estipulado "calendarizar, para a próxima semana, uma reunião com a Câmara Municipal do Porto, no sentido de se equacionarem alternativas no que respeita à questão dos transportes que servem os utentes daquela área".

Os utentes que hoje protestaram afirmaram à Lusa terem sido surpreendidos com um aviso colocado à porta da unidade que refere que a partir de segunda-feira, inclusive, vai ser suspensa a atividade assistencial na unidade "por motivos relacionados com a segurança do edifício e como medida de precaução".

Como alternativa, os utentes deverão deslocar-se às unidades de saúde familiar do Ilhéu ou de S. Roque da Lameira.

A unidade serve a zona de Azevedo-Campanhã, que abarca o bairro do Lagarteiro, onde na quinta-feira a EDP procedeu ao corte de dezenas de ligações ilegais de eletricidade.

Os moradores reclamam contra o facto de não terem sido avisados previamente desta decisão, considerando que "isto é uma enorme falta de respeito".

Criticam ainda não estar no local nenhum médico que possa explicar os motivos desta decisão.

A população está "desiludida, magoada" e sente-se "discriminada", porque em 24 horas sofreu um inesperado corte de luz nas habitações e foi surpreendida com o anúncio do encerramento da unidade de saúde.

"Não é assim que devem funcionar as coisas. Está bem, eles é que sabem, mas não pode ser o quero, posso e mando", desabafou à Lusa a presidente da Associação de Moradores do Lagarteiro, Fernanda Gomes

O vereador da CDU Pedro Carvalho, que se deslocou ao local, criticou o facto de a população ter sido surpreendida esta manhã com a decisão de encerramento da unidade, considerando que a Câmara do Porto tem de dizer alguma coisa sobre o assunto.

"A maioria Rui Moreira/Manuel Pizarro apontou durante a campanha esta zona oriental da cidade como prioritária", recordou o autarca comunista, lamentando que a freguesia de Campanhã conte com cada vez menos serviços públicos.

MSP (JAP) // JGJ

Lusa/Fim

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