Síria: França afirma que estão a ser cometidos crimes de guerra em Alepo
Porto Canal com Lusa
Nações Unidas, 25 set (Lusa) -- O representante francês nas Nações Unidas afirmou hoje que estão a ser cometidos crimes de guerra na cidade síria de Alepo, antes do início de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das ONU.
O embaixador francês François Delattre sublinhou que os crimes "não devem ficar impunes" e acusou o regime sírio e os aliados russos de prosseguirem uma solução militar na Síria e de se servirem das negociações como uma "cortina de fumo".
Por seu turno, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Marc Ayrault, pediu à Rússia e ao Irão que deixem de apoiar a estratégia do regime sírio ou "serão cúmplices dos crimes de guerra cometidos em Alepo".
Num comunicado difundido pouco antes do início da reunião do Conselho de Segurança, o chefe da diplomacia francesa alertou para a grave situação da cidade e acusou o regime de Bashar al-Assad de estar a empreender "uma escalada militar".
O ministro recordou que a reunião foi convocada a pedido da França, Estados Unidos e Reino Unido e afirmou que deve contribuir para "um cessar imediato das hostilidades, a começar por Alepo, permitindo à população que aceda à ajuda humanitária de que precisa".
Pelo menos 115 pessoas, sobretudo civis, morreram devido aos bombardeamentos sírios e russos sobre a parte oriental de Alepo desde que o exército anunciou na quinta-feira uma operação para recuperar aquela área da cidade atualmente controlada por rebeldes, segundo o Observatório sírio para os Direitos Humanos.
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