Menina de quatro anos violada por professor de escola islâmica no Paquistão
Porto Canal / Agências
Islamabad, 01 nov (Lusa) - Uma menina de quatro anos foi hospitalizada, em estado crítico, depois de ter sido violada por um professor de uma escola religiosa islâmica (madrassa) na localidade de Vehari, no leste do Paquistão, disse hoje fonte policial.
O principal suspeito da agressão foi detido, depois da denúncia apresentada após a violação da menina, identificada como Sumaya, na terça-feira, no primeiro dia em que a criança frequentou a 'madrassa'.
"Depois de terminar as aulas e mandar as outras crianças para casa, o violador levou Sumaya para um quarto e consumou o crime", disse à agência noticiosa espanhola EFE um responsável policial de Vehari, Rao Tariq Pervez, acrescentando que o suspeito estava na escola há dois meses.
Os familiares encontraram a menina inconsciente, na escola, e levaram-na para uma clínica, "mas a gravidade do estado da criança obrigou à transferência para um hospital, onde foi constatada a violação", afirmou Pervez.
A mesma fonte afirmou que a situação da criança está a evoluir positivamente.
Um outro responsável policial, Sadiq Ali Dogar, declarou ao jornal local Express Tribune que o alegado violador foi detido numa 'madrassa' próxima, onde se tinha escondido. Dois outros professores da escola onde ocorreu a violação fugiram, disse.
O jornal acrescentou que, na sequência do crime, os residentes locais realizaram um protesto e anunciaram um boicote às 'madrassas' da zona.
No mês passado, um grupo de homens violou uma menina de cinco anos, que foi abandonada num hospital da cidade de Lahore, também no leste do Paquistão.
As câmaras de segurança captaram o momento em que a criança foi abandonada, mas a polícia não conseguiu ainda encontrar os autores de crime, que deu origem a grandes manifestações de protesto contra a passividade das autoridades em relação à violência sexual no Paquistão.
As denúncias de violações no país asiático tem vindo a aumentar, enquanto alguns setores políticos e organizações de defesa das mulheres continuam a realizar campanhas para aumentar a visibilidade do problema.
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