Macau, China, 01 nov (Lusa) - Os casinos de Macau fixaram em outubro um novo recorde mensal de receitas brutas ao apurarem 36.477 milhões de patacas (3.316 milhões de euros), uma subida de 31,7% face a outubro de 2012, foi hoje anunciado.

Os dados de outubro divulgados pelos Serviços de Inspeção e Coordenação de Jogos elevam para 297.109 milhões de patacas (27.009 milhões de euros) as receitas brutas nos 10 primeiros meses de 2013, uma subida de 18,4% face ao mesmo período do ano passado.

A receita de outubro é suficiente para "bater" o total apurado no ano de 2003 quando os casinos fecharam as contas com um total de 30.315 milhões de patacas (2.756 milhões de euros ao câmbio atual) e traduzem 83,8% do total das receitas apuradas em todo o ano de 2004, o primeiro ano em que casinos foram do universo de Stanley Ho estavam em operação de Macau.

O crescimento das receitas do jogo, que em 2013 deverão fixar-se entre os 350.000 e os 355.000 milhões de patacas (entre 31.818 e 32.273 milhões de euros), tem sido uma constante desde a abertura dos novos espaços de hotel/casino fora do universo de empresas de Stanley Ho, embora o fundador da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) continue a ser o líder das receitas.

Dados compilados pela agência Lusa indicam que em outubro a SJM consolidou a sua liderança com cerca de 26% de quota de mercado e marcou um novo recorde de receitas de um operador com quase 9.500 milhões de patacas (863,6 milhões de euros), relegando os seus mais diretos concorrente para uma diferença acima dos 5 pontos percentuais.

O segundo lugar do ranking de operadores foi ocupado pela Galaxy Entertainment Group, de interesses de Hong Kong do magnata Lui Che Woo, com uma quota de quase 21%, seguida pela Sands China, do magnata norte-americano Sheldon Adelson, que registou uma quota ligeiramente acima dos 20%.

A segunda metade da tabela foi ocupada pela Melco Crown, que tem como vice-presidente Lawrence Ho, filho de Stanley Ho, seguido pela Wynn Resorts, do norte-americano Steve Wynn, e da MGM China, liderada por Pansy Ho, também filha de Stanley Ho.

Todos os operadores, com exceção da MGM China, registaram mais de 10% de quota, embora a receita dos seis operadores tenha sido sempre superior a 3.300 milhões de patacas (300 milhões de euros).

Macau tem seis operadores - os três concessionários Sociedade de Jogos de Macau, a Galaxy Resorts e a Wynn Resorts.

A Sands China, a Melco Crown e a MGM Macau são as subconcessionárias.

As receitas dos casinos de Macau, sobre as quais incide um imposto direto de 35%, outro indireto de cerca de 4%, são a principal fonte de receita da administração de Macau, que cobra ainda aos operadores uma série de taxas e licenças por cada máquina ou mesa de jogo.

O 'boom' das receitas dos casinos de Macau aconteceu depois de em maio de 2004 terem entrado no mercado os novos operadores e da maior facilidade concedida aos cidadãos chineses para viajarem para Macau, além do maior poder de compras destes novos turistas.

No entanto, apesar de pequenas variações entre operadores, a maior parte das receitas dos casinos são geradas no jogo bacará em que os casinos podem ter um lucro máximo de 3% da aposta.

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