Presidente do PSD não culpa ninguem se quiserem escolher outros para governar

| Política
Porto Canal / Agências

Vila Real, 01 jun (Lusa) -- O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que não vai aumentar ao défice ou a dívida mas que, se for isso que o país quer, não culpa ninguém por escolher outros para governar.

"É isso o que o país espera deste Governo? Não é com certeza e, se for, podem pôr cá outro Governo com muito à vontade que não culpo ninguém se quiserem escolher outros para governar", referiu no decorrer da convenção autárquica do PSD de Vila Real.

Passos Coelho questionou se alguém fica mais satisfeito por o país ter mais défice e dívida e lembrou que foi assim que o país chegou à atual situação.

"Não foi em vésperas de eleições aumentar os funcionários públicos e a esconder o Orçamento de Estado para o ano a seguir, depois das eleições? Baixamos o IVA e depois logo se vê. É isso o que os senhores esperam de mim?", referiu.

Para a plateia de militantes, autarcas e candidatos às autárquicas, o líder social-democrata referiu que o PSD "tem uma missão histórica" e garante que vai "dar conta dela".

"Primeiro está o nosso país e só depois está o nosso partido. Nós vamos cumprir esta missão e vamos fazê-lo com dignidade e honradez e não vamos fazer de conta que não estamos a tomar medidas que são difíceis, a gente sabe que são difíceis, mas não vamos fazer de conta", acrescentou.

Passos Coelho garantiu que não tomará medidas e depois fazer "de conta que elas não existem ". É por isso, acrescentou, necessário explicar porque são tomadas e que elas conduzem à saída desta situação. "E isso deve ser uma motivação para nós", frisou.

Para o presidente do partido, os candidatos do PSD têm que "ter inspiração, porque têm que lutar contra estas contrariedades, contra estes momentos".

"Quando estamos a meio da vida dos governos, em que às vezes a insatisfação social é maior e isso acaba por ter penalização, nós sabemos", sublinhou.

Hoje é, segundo Passos Coelho, o "dia indicado" para dizer o quanto admira e respeita o trabalho de todos os militantes e autarcas.

"Hoje é o dia indicado para dizer ao partido o quanto estou reconhecido pela forma como todos se têm empenhado para que o PSD possa vir a ter um bom resultado e para que as coisas deem um bom resultado para Portugal", salientou.

E, quanto às pessoas dentro do PSD que "não só não ajudam como querem desajudar", o líder social-democrata pediu ao partido para não fazer a vontade aos adversários e não se distraia com isso.

"Não queremos contribuir para que mais telejornais e páginas de jornais sejam ocupadas pelos nossos adversários a falar de nós, estejam eles cá dentro ou fora", frisou.

PLI // SMA

Lusa/Fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.