Dívida de hospitais atinge os 1.45 mil milhões de euros

Dívida de hospitais atinge os 1.45 mil milhões de euros
| Economia
Porto Canal (MYT)

As contas dos hospitais empresa (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) registaram um crescimento da dívida total de 194 milhões de euros, atingindo os 1.45 milhões e os pagamentos em atraso a fornecedores externos aumentaram 168 milhões de euros.

A dívida dos centros hospitalares EPE (Entidade Pública Empresarial) cresceu 15.5% e os pagamentos em atraso a fornecedores externos dispararam 33%, no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2015. A reposição dos salários e o aumento da produção são alguns indicadores que explicam estes resultados.

Segundo dados publicados no site da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), de junho de 2016, a dívida cresceu 194 milhões de euros, atingindo os 1,45 mil milhões, números que demonstram a reposição dos salários na Função Pública e a admissão de médicos internos. “A evolução dos pagamentos e a gestão da dívida está em linha com a programação definida no OE 2016.”, acrescenta, ainda, a ACSS.

O Presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Alexandre Lourenço, declarou ao Jornal de Notícias que a tendência com as contratações externas e horas extraordinárias “é preocupante”. “Os hospitais estão a gastar mais do que no ano passado com empresas prestadores de serviços, o que não é desejável, e também com horas extra, embora não se saiba se esta subida decorre do aumento do valor hora ou do aumento de horas contratadas”, acrescentou o líder da APAH.

A rubrica dos custos dos hospitais justificam estas declarações, com aumentos de 7,2% em horas extras e suplementos, 4,9% em custos com pessoal e 4,3% em fornecedores de serviços externos. As dificuldades financeiras dos hospitais estão a agravar-se e refletir-se nos fornecedores externos pelo facto de existirem mais despesas e o mesmo financiamento.

No seguimento destes valores, o Presidente da APAH defende a criação de equipas fixas nas urgências para reduzir as despesas. Apesar deste disparo, a autoridade legal garante que o fornecimento de bens e serviços ao SNS não estão em risco.

O Hospital de S. João, no Porto, está na lista dos centros hospitalares mais eficientes no indicador “custos operacionais por doente padrão” (2556 euros) quando comparado com hospitais de dimensão idêntica.

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