Paulo Morais, vice-presidente da direcção da Associação Cívica Transparência e Integridade, vai criar um movimento que poderá passar a partido político com o objectivo de "abanar um sistema que está podre" e combater a corrupção que, na sua opinião, está instalada na política.

O antigo autarca do executivo de Rui Rio na câmara Municipal do Porto, está a reunir "nomes de peso" e pretende participar nas eleições legislativas que se aproximam ou nas presidenciais que se seguem.

Rosto da Associação Cívica Transparência e Integridade, tem sido uma das vozes de denúncia e critica à corrupção que se vai notando na política e promete ir "pelo caminho do combate à corrupção", na medida em que considera que "um combate eficaz à corrupção pode tirar o país da crise num ou dois anos".

O professor universitário diz respeitar poucas pessoas na vida política portuguesa, pois não vê nenhum político preocupado com o problema da corrupção, mas "há excepções". Segundo Paulo Morais, a "maioria dos políticos desenvolvem a sua actividade no sentido de não só não combaterem a corrupção como ainda por cima ajudarem a que ela vá crescendo".

"As pessoas que estão desiludidas, as que estão revoltadas, as que estão deprimidas com este estado sabem que vão ter aqui algo a que se podem juntar, em última analise, com a arma mais importante que um povo tem que é o voto", defende Paulo Morais.

O actual vice-presidente da direcção da Associação Cívica Transparência e Integridade vai suspender o mandato pois uma "associação deste tipo não se envolve na política activa".